segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ali


Esta sou eu. Meu nome é inconstante, meu rumo é o infinito. Meu lema é seguir em frente, em linha reta, sem buscar o que perder. Sem sentir as minhas dores, elas já nem existem, meu objetivo me serve de escudo, visto a armadura feita da vontade. Não temo a tontura do abismo porque meu desejo é voar. Já não tropeço mais em pedras pequenas e as grandes de longe enxergo. As vezes o chão se abre a minha frente, como nunca gostei de coisas que se abrem assim tão fácil, pulo e nem me importo. Meu caminho é estreito, nele só cabe eu e mim, assim não corro risco de ser empurrada ou apunhalada pelas costas. A solidão é a minha sombra que é minha sempre companheira. Meu rumo é incerto, quanto mais caminho mais percebo que estou longe do fim. O frio já não me açoita, tenho o calor de quem luta incessantemente, tenho a paz de quem é livre e a coragem de quem é louco.

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