sábado, 26 de fevereiro de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A algum tempo não passo por aqui. Não por ter me esquecido, mas sim por não ter vontade de lembrar, de enfrentar, de sentir o que quis expressar em cada palavra. Preguiça de sentir. Tão mais fácil apenas trabalhar. Mas quando vem esse silência que a tempos não sentia eu desejo voltar para mim, mas não me encontro. Sigo caminhando no escuro, mas com passos firmes de quem tem a certeza de que vai chegar. Certeza essa que vem do meu esforço, da minha fé, da minha luta. Embora eu ainda seja muito jovem a cada instante envelheço, é natural, mas me pergunto cada vez mais frequentemente o que eu fiz da minha vida, ou melhor, o que estou fazendo. Creio ser normal esse medo que sinto, medo de quem optou por amar o trabalho acima de tudo e de todos, colocando livros no lugar de pessoas, pacientes no lugar dos afetos, estudo no lugar das conversas. Não me arrependo, aliás, vou seguir assim, porque sigo entendendo melhor os relinchos e olhares que em silêncio me dizem tudo, do que as incertas palavras e atitudes que se contradizem no meio de tanta humana racionalidade.