terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estou cansada. Cansada de mim, da minha vida, dessa situação sem pé nem cabeça. Acho que estou fazendo tudo errado, esquecendo de mim, não navego mais, apenas sou o porto de tantos. Tenho vontade de ir pra alto mar, de sumir e os outros que encontrem seu rumo, a tempestade existe pra mim também. Mas eu disfarço, finjo que pra mim o céu é sempre azul, finjo tão bem que ninguém percebe, ou talvez ninguém veja. Não sei porque tanto me olham se na verdade não me vêem. Eu faço questão de ser esse bicho estranho, do mato, que esconde as feridas temendo ser presa dos demais. Não sei porque sou assim, acho que é meu instinto, ou meu medo ou ainda o espaço que existe entre ambos. Acho melhor continuar assim, escondendo o turbilhão que tem aqui dentro. Se não fossem meus pacientes, meus amados cavalos acho que já teria enlouquecido. No final das contas acho que sou igualzinha a eles, pouco explícitos queremos apenas correr livres, sem rédeas, junto daqueles que querem correr livres também.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

E tudo ainda me dói quando encosto na ferida. Acho que essa história que o tempo sempre cura tudo é a maior besteira que já ouvi. Tenho certeza que o tempo não cura porcaria nenhuma, mas ele tem o poder de deslocar o incurável do centro das atenções. O tempo, esse amigo incerto, caminhei com ele, pelos segundos, minutos, pelos dias sem fim não vi nada mudar fora de mim, mas eu, bem, eu me mudei de mim, já não me habito mais. Mas a bagagem que carrego jamais será largada pelo caminho, ela é minha, sou possesiva até com as minhas dores, meus amores, meus medos, meus caminhos tortos. Mas a de antes já não existe mais, não por inteiro e a isso chamo de amadurecimento. Se me fosse concedido um únco desejo eu não teria dúvidas, gostaria de voltar no tempo, mas sendo a de agora, só pra saber se essa certeza que tenho, de que tudo seria tão diferente é mesmo real.
A pena que ando penando mais triste não pode ser, mas dela eu que sei, e não muda nada tentar corrigir meus erros que tantos estragos fizeram, eu sei, o mal que fiz já está feito.
De tempos em tempos nada muda, mas mesmo assim tudo é tão diferente.
Confundi conhecidos com amigos, confundi amor com medo, confundi ambição com vale tudo, trai meu sentimento, machuquei quem eu não devia, escolhi o lado errado, misturei tudo e com esse peso nas costas me joguei no abismo. Que eu tenha aprendido, e creio ter aprendido, mas já dizia minha vó: não adianta chorar pelo leite derramado... Tão simples ouvir isso na infância, mas como se torna complexo agora, eu que sei, eu e só eu que sei.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

But I still...

I have climbed the highest mountains

I have run through the fields

Only to be with you
I have run I have crawled

I have scaled these city walls
Only to be with you
 
But I still haven't found

What I'm looking for

But I still haven't found

What I'm looking for
 
I have spoken with the tongue of angels
I have held the hand of the devil

It was warm in the night

I was cold as a stone