terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estou cansada. Cansada de mim, da minha vida, dessa situação sem pé nem cabeça. Acho que estou fazendo tudo errado, esquecendo de mim, não navego mais, apenas sou o porto de tantos. Tenho vontade de ir pra alto mar, de sumir e os outros que encontrem seu rumo, a tempestade existe pra mim também. Mas eu disfarço, finjo que pra mim o céu é sempre azul, finjo tão bem que ninguém percebe, ou talvez ninguém veja. Não sei porque tanto me olham se na verdade não me vêem. Eu faço questão de ser esse bicho estranho, do mato, que esconde as feridas temendo ser presa dos demais. Não sei porque sou assim, acho que é meu instinto, ou meu medo ou ainda o espaço que existe entre ambos. Acho melhor continuar assim, escondendo o turbilhão que tem aqui dentro. Se não fossem meus pacientes, meus amados cavalos acho que já teria enlouquecido. No final das contas acho que sou igualzinha a eles, pouco explícitos queremos apenas correr livres, sem rédeas, junto daqueles que querem correr livres também.

Um comentário:

  1. Olá, "porto de tantos",

    Por vezes na Vida, sentimo-nos impotentes perante a Vida que nos confronta com situações que não conseguimos dominar.

    O Desânimo invade nossa Alma e nos empurra para trás.

    E procuramos, teimamos encontrar uma brisa, uma leve brisa, que nos sopre as velas para podermos navegar rumo a um local qualquer, que nos conforte o corpo.

    Se vale ou não esse esforço, não to posso dizer, apenas porque o não sei!

    Mas desistir nunca!

    Nem que sejamos apenas e tão somente o porto seguro daqueles que ainda estão piores que nós!

    Só por isso, já vale não ter desistido!

    Um abraço e até sempre,

    José Gonçalves
    (Guimarães)

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